A criopreservação ou o congelamento de sêmen é indicado para os homens que queiram preservar a sua fertilidade.
Os espermatozoides ficam congelados em nitrogênio líquido, à temperatura de -196ºC por tempo indeterminado.
O material congelado, ou criopreservado, pode ser descongelado e utilizado em técnicas de reprodução humana (Inseminação intrauterina, ou fertilização in vitro).
A criopreservação de sêmen é um procedimento estabelecido há anos e é amplamente realizado, seguro e eficaz.
A viabilidade do material congelado é analisada através de um teste de descongelamento da amostra, com o intuito de confirmar como os espermatozoides irão reagir ao processo de congelamento e descongelamento. A taxa de sobrevivência dos espermatozoides descongelados varia de acordo com a qualidade da amostra seminal antes do congelamento, sendo assim, há amostras que podem sofrer uma melhor sobrevivência do que outras.
Durante o processo de congelamento ocorre a adição de um crioprotetor que ajudará a proteger os espermatozoides das crioinjúrias. Dependendo da qualidade do ejaculado podemos congelar mais de uma amostra de apenas uma coleta. Desta maneira, mantemos a preservação da fertilidade de forma eficaz para utilização no futuro.
Os homens que irão passar por algum processo seja ele cirúrgico, ou não, mas que exista a possibilidade de alterar a espermatogênese (processo pelo qual os espermatozoides são formados) ou a sua fertilidade, deve congelar o sêmen para preservar a possibilidade da paternidade.
Segundo a RDC 72/2016 da ANVISA para a realização do congelamento seminal, o paciente deve apresentar os seguintes exames sorológicos: sífilis, hepatite B (HBsAg e anti-HBC), hepatite C (anti HCV), HIV 1 e 2, HTLV I e II e Zika vírus. Sendo que os mesmos devem ser realizados até 6 meses antes da data do congelamento seminal, exceto o Zika vírus que deve ser feito até 3 meses antes da data do congelamento.